sábado, 20 de outubro de 2012

Da série "Trecos que eu curto" - Onimusha: Warlords


Logo que entrei na geração passada, com o Playstation 2, meu primeiro jogo foi "Onimusha 3: Demon's Siege"(o qual, confesso, comprei principalmente por ser estrelado por um de meus atores favoritos, Jean Reno. Podem apedrejar). Rapidamente fiquei impressionado com os gráficos, jogabilidade e personagens marcantes que habitavam aquela mitologia criada pela Capcom. Gostei tanto do jogo(e até hoje é um dos meus favoritos para o console), que logo após termina-lo, parti numa caça aos dois primeiros títulos da série. O segundo jogo, "Onimusha 2: Samurai's Destiny", se mostrou um jogo decente, com bons desafios e alguns personagens memoráveis, mas pareceu completamente diferente do terceiro em questão de seriedade, violência e monstros. Foi como se os samurais do jogo tivessem suas roupas feitas por estudantes de moda dos anos 70, ou algo do tipo, e tinha até Gogandantes, o Michael Jackson dos demônios(sério!). Não foi uma experiencia inválida de jeito nenhum, apenas inferior e menos memorável. E, depois de exatos 3 anos de procura(ufa!), achei o primogênito da série, o qual se tornou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos.




Como antes, vou tentar não entregar pontos-chave da narrativa aqui, me limitando apenas a ambientação, jogabilidade e personagens.

Onimusha: Warlords começa de forma épica, em uma fantástica animação em CG recriando a lendária(e verídica) batalha de Okehazama, na qual o lorde Nobunaga Oda derrotou Yoshimoto Imagawa. Aqui porém, diferente da história real, Nobunaga leva uma flechada logo após sua vitória e morre.
Um ano depois, o samurai Samanosuke Akechi("interpretado" via motion-capture pelo astro japonês Takeshi Kaneshiro), que lutou ao lado de Imagawa na batalha, recebe uma carta de sua prima, a jovem princesa Yuki, que lhe avisa que estranhas atividades vem acontecendo em sua casa, o castelo Inabayama. Os criados vinham desaparecendo a algum tempo, e Yuki suspeita que tudo seja obra de monstros. Assustada, Yuki pede que Samanosuke venha rápido para protege-la. O samurai imediatamente parte para o castelo, acompanhado da ninja Kaede, mas a princesa havia desaparecido antes que ele chegasse. Paralelamente, descobrimos que Nobunaga foi ressucitado pelos mesmos demônios que sequestraram a princesa, e se aliou a eles. E assim começa a jornada de Samanosuke e Kaede.




As comparações entre Onimusha:  Warlords e a série Resident Evil foram imensas, principalmente por ambas serem séries com zumbis publicadas pela Capcom e se passarem em uma grande mansão(castelo, no caso de Onimusha). O jogo tambem tem uma forte semelhança seria com os primeiros jogos da série Castlevania, podendo até ser considerado meio que um spin-off por alguns, visto que são jogos com  clima e ambientação bem semelhantes. Diferente de RE, Onimusha usa um sistema de batalha mais direto, com fiel representação do estilo de luta dos samurais que pra mim resultou em uma das jogabilidades mais viciantes da época. Durante o jogo, você deve coletar espadas encantadas que contem poderes como trovão, fogo e vento. Estas espadas tambem servem para resolver puzzles, já que certas portas só podem ser abertas com um golpe de uma delas. Outro aspecto unico é o bracelete do clâ dos Ogros, que é presenteado a Samanosuke para sugar a alma dos seus inimigos mortos. Essas almas são usadas para upgrades nas espadas, alem de aumentar a potência de flechas e balas de mosquete. A ninja Kaede possui um sistema de luta próprio, utilizando uma adaga e kunais, mas sem upgrades. Os gráficos do jogo são simplesmente lindos, principalmente levando em conta que o game foi criando com intenção de ser lançado no ps1, sendo que a Capcom resolveu mudar esse plano quase em cima da hora. Muitos jogos do final do ps2 tinham gráficos que ainda pareciam inferiores aos de Onimusha: Warlords.






A ambientação no jogo é simplesmente fantástica. Com uma reconstrução de época de primeira, vemos o castelo Inabayama cercado de cadáveres, enquanto demônios gigantes portando velhas armaduras de samurais arrastam suas sangrentas espadas pelos corredores. O castelo está citiado de demônios, e seus corredores se encontram repletos de cadáveres de guardas e empregados. Ainda há alguns poucos vivos pelo castelo, mas ao acha-los, você tem que protege-los rápido, pois geralmente se encontram em cômodos com 3 a 5 demônios, e o jogo não perdoa nenhum espertinho que tente avançar sem fazer upgrades em suas abilidades! Este é sem dúvidas um dos jogos mais claustrofóbicos que ja joguei, especialmente por seus cenários serem tão cuidadosamente criados, sem passar a sensação de "papelão desenhado", como acontecia com vários jogos lançados na época. Outra estrelinha de ouro vai para a trilha sonora, com instrumentos da época que fazem um grande trabalho em mesclar tensão e fascínio para aquele mundo. A flauta que ecoa durante o menu do jogo é uma das trilhas que mais me marcaram até hoje.




A variedade de inimigos tambem é algo a notar. Alem dos onipresentes zumbis com espadas, temos monstros com tentáculos no lugar dos braços, gigantes com machados e ninjas com lâminas no lugar dos punhos. De início eles podem não lhe dar muito trabalho, mas experimente ficar preso em um corredor estreio com 3 samurais demônios colados em você e sem poderes pra usar e tente não ver a morte lhe acenando atraz deles. Os chefes tambem brilham, desde o grandalhão Osric a voadora Hecuba e o chato-pra-morrer Marcellus(3 lutas com o maldito). Meu vilão favorito seria o cientista Guildenstern, que não é um chefe mas que deixa sua marca em suas poucas cenas(e ganha muito mais atenção no terceiro jogo).



Caso Samanosuke esteja com poucas almas para fazer upgrades necessários em cima da hora, em um certo momento do jogo, surge um dos meus personagens favoritos, e mascote da série, conhecido apenas como Gate Keeper(no Japão, Minogoro). Este estranho "aliado" convida Samanosuke para adentrar o Dark Realm, uma dimensão abitada por demônios, em que nosso herói precisa matar um grupo de demônios diferentes para ir descendo cada vez mais o Dark Realm. No ultimo lével, você conquista a chave para a espada mais poderosa do jogo, a Bishamon Sword. Carinha legal esse Minogoro, não?




Onimusha: Warlords já foi chamado de "o survival-horror para aqueles que não gostãm de survival-horror". Até entendo a afirmação, mas eu o consideraria mais um "survival-action-horror", na linha de Bioshock e dos primeiros Castlevania. O segundo jogo tentou ser mais leve que o antecessor, e ter uma direção de arte mais pop, o que desagradou muitos fãs(eu, inclusive), mas continua um jogo divertido. O terceiro é uma verdadeira sequencia, levando os cenários claustrofóbicos e cheio de cadáveres do Japão feudal para a moderna Paris. Dawn of Dreams, o quarto título da série, eu nem gosto de lembrar, visto que trai tudo que a série sempre propôs, um "BETRAYAL!" que merece ser incinerado e esquecido por todos. Portando, se você gosta de cultura e história oriental, samurais, e uma pitada de demônios assassinos e poderes mágicos, não deixe de se aventurar neste mundo sombrio e fantástico.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Da série "Trecos que eu curto" - Bioshock


(Deixem avisa-los que se vocês não curtem games, provavelmente não vão curtir esse post. E quando digo "curtir" games, não digo só os de dança ou futebol, mas sim os com CONTEUDO. Se você é dos que acham que "ah é so um jogo, pra que história?", pica a mula daqui).

Desde que eu fui introduzido nesta nova geração de games, "Bioshock" sempre chamava muito a minha atenção sempre que aparecia em qualquer revista ou site. Não devido a sua jogabilidade(quem me conhece sabe que não morro de amores por FPS), mas por seu universo e sua mitologia, que me pareciam muito mais intrigantes do que as dos outros games de sucesso da época (como Uncharted ou Infamous). Um jogo passado em uma cidade debaixo do mar, cujos oponentes são pessoas de alta classe que cairam na mais pura insanidade. Garotinhas que armazenam poderes, protegidas por super mutantes em trajes de mergulho. E um "antagonista"(faço questão das aspas) que se mostraria um dos melhores personagens que eu ja tive o praser se conhecer em um game. Eu tinha altas expectativas para Bioshock, e ainda assim todas foram superadas de forma fenomenal.


Tentarei descrever aqui basicamente sobre o que o jogo é, um pouco de sua mecanica e um pouco de sua história, mas sem entrar em spoilers. Tudo aqui é revelado ainda na primeira fase, fiquem frios.

O ano é 1960. Você é o único sobrevivente de uma violenta queda de avião no meio do oceano. Ao emergir á superfície, logo repara uma pequena ilha, com um imenso faról no centro. Dentro dele, um submarino. Ao embarcar nele, você se ve indo em direção a uma incrível metrópole erguida debaixo d'agua, chamada "Rapture", e ouve uma gravação do idealizador da cidade, Andrew Ryan, lhe dando boas vindas. Você mal sabe que está prestes a desembarcar no pior pesadelo de sua vida.



Ao finalmente por os pés na cidade, A primeira coisa que você ve é, convenientemente, um brutal assassinato de um homem, por uma mulher com agilidade sobre-humanas. Depois de tentar lhe matar tambem(sem sucesso), ela parte, e então uma voz chama sua atenção. A voz é de um homem chamado Atlas, e ele diz que, se você ajuda-lo, ele conseguirá te tirar deste inferno sub-aquático. A cidade de Rapture, antes glamurosa e linda, se encontra em ruinas, alagada, um cadáver do que ja foi. Os cidadãos estão se matando como se fossem animais irracionais. O que terá acontecido aqui?




"Bioshock" é um game difícil de generalizar. Alguns o consideram um game de ação, outros veem com um lado meio survival-horror. Eu diria que é uma junção dos dois, pois é inegável que o game tem muita ação, e um clima perturbador. A jogabilidade é a convencional de Shooters, com uma leva um tanto limitada de armas(o que é algo positivo, para manter o lado "survival"), mas com uma novidade: Plasmids.




Plasmids são, basicamente, poderes em jarros. Durante a construção de Rapture, foi aberta uma cratera no solo, e de lá emergiram enguias pré-históricas, desconhecidas pela humanidade. Ao estudar essas enguias, a Doutora Brigid Tenenbaum encontrou uma substancia batizada de A.D.A.M. que, se fundidas em humanos, lhes dariam poderes tais como controlar fogo, vento, gelo ou eletricidade. Quando você chega á cidade, esses poderes estão em maquinas de vendas, prontos para serem usados (por você ou por seus inimigos...)


Avançando um pouco no jogo, você avista uma garotinha, cantando alegremente, enquanto usa uma enorme agulha para retirar sangue de um cadáver. Ela logo é atacada por um dos cidadãos, e em segundos, um enorme monstro aparece, portando uma broca no lugar de uma das mãos, e elimina a pessoa como se ela fosse uma mosca. Esses são os mascotes do jogo: as Little Sisters e os Big Daddyes.

Little Sisters eram garotinhas que moravam no orfanato da cidade(depois que seus pais acabavam mortos por cidadãos insanos). Por não terem famílias, ou alguem que fosse notar seu sumiço, Os criadores dos plasmids resolveram usa-las como cobaias para pesquisa. O que descobriram foi que se eles implantassem a enguia ainda viva em garotinhas(em seu útero), em vez de poderes, elas se tornariam quase indestrutíveis, não quebrariam ossos e regenariam feridas. Alem disso, se as garotinhas bebessem o A.D.A.M. líquido, quando digerido, a enguia o multiplicaria por três veses. Lhes pareceu a solução perfeita para reciclar a substancia que estivesse contida nos cadáveres encontrados aos montes em Rapture. Mas com o tempo, nem os guarda-costas que protegiam as meninas conseguiam deter as multidões de insanos que ansiavam por mais A.D.A.M. no sangue, e as meninas era brutalmente assassinadas pela substancia contida em suas agulhas e útero. Foi ae que o doutor Yu Suchong, parceiro de Brigid Tenenbaum, teve uma idéia...

Big Daddys eram seres humanos comuns, em sua maioria criminosos menores ou diligentes politicos de Rapture, que tiveram suas peles e orgãos fundidos em enormes trajes de mergulho. Essas pessoas eram obrigadas a ter suas cordas vocais modificadas(os unicos sons que transmitem lembram o som de baleias), e a ter suas memórias apagadas, para que a unica coisa com que elas se importassem fosse em proteger as Little Sisters. Para criar a ligação entre estes, um tipo de Feromônio foi implantado nos Big Daddyes, que funcionava como atraente sexual. No final, estas pessoas eram banhadas em grandes cilindros com uma substancia que as transformava permanentemente em seres irracionais. Os trajes de mergulho eram usados originalmente para reparar vazamentos e rachaduras externas em Rapture, mas logo todos os trajes se esgotaram para a criação dos Big Daddyes, o que contribuiu para a desgraça da cidade.

Existem dois tipos de Big Daddyes, "Rosie" e "Bouncer".

Rosies eram os Big Daddyes menores. Eles usavam trajes de mergulho normais, e geralmente escoltavam as Little Sisters armados com metralhadoras e granadas.

Bouncers eram os Big Daddyes maiores, estes tinham dedos grandes demais para entrar em gatilhos. Para eles, eram criados trajes especiais, ainda mais resistentes do que os dos Rosies, e que vinham com uma pesada broca no lugar da mão direira. Tambem é um Bouncer que estampa a capa do jogo.




É de se pensar que estes seriam os grandes antagonistas do jogo, mas são apenas para nos despistar do principal "antagonista", Andrew Ryan. Ryan criou Rapture para ser a cidade perfeita, abitada apenas pelas mentes mais geniais da superfície, aqueles que tinham vontade de avançar, mas que eram impedidos pelo governo ou pela igreja de expressar suas idéias. Ryan chega a dizer em Bioshock que "disseram que era impossível construir Rapture debaixo do mar. Errado. Era impossível construir Rapture em qualquer outro lugar".


Mas Ryan é muito mais do que um simples ditador tirano de uma utopia. Ele é simplesmente o símbolo do Individualismo, levado ao ultimo patamar. Inspirado fortemente nos trabalhos da filósofa Ayn Rand(o nome "Andrew Ryan" nada mais é do que um anagrama do nome desta), Ryan é um undivíduo que sempre acreditou que o que você luta para ter é SEU, não do governo, de Deus, de ninguem mais. Gravações de Ryan expressando seus pensamentos podem ser achadas no decorrer do jogo, e estas dão ainda mais profundidade a persona desta fascinante figura.


Bom, acho que eu ja tagarelei demais aqui(talvez esse seja meu post mais longo, sei lá xD). Se ainda não entendeu, vou ser direto: Compre Bioshock. Jogue com atenção. De importancia a cada dialogo no jogo. Acredite, por mais que você o considere "só um jogo", ele pode te dar conhecimento e idéias que você so teria lendo livros que nunca terá saco de ler. Boa diversão \o.

domingo, 14 de agosto de 2011

Primeiras impressões sobre "O Hobbit".


Saldaçoes a todos!(*cri cri cri*).
Hoje pretendo discutir algo de grande importancia pra mim: A enfim iniciada adaptação de "The Hobbit"!
Sim, depois de anos e anos de pré-produção, roteiro, atrazos, conflitos e mudanças de diretores, finalmente o filme baseado no melhor livro de Tolkien(na minha opnião) está chegando ano que vem. Quando soube, a mais de um ano, se não me engano, que ninguem menos que Guillermo Del Toro("O Labirindo do Fauno", "Hellboy") iria dirigir a adaptação, praticamente surtei! Bom demais pra ser verdade, não!? Pois é... e era... ele se desligou do filme quase UM ANO depois... =(
Mas sim, esqueçamos o passado e olhemos pro futuro(filosofei!), pois com a saída de Del Toro, coube a Peter Jackson(diretor da trilogia "LOTR") dar "continuidade" a seu trabalho. Ora, se o sujeiro acertou até aqui, quem sou eu pra não me empolgar, certo? rs


Acina, Peter Jackson deixando claro que é mais hobbit do que humano.

As filmagens começaram a alguns meses, e como qualquer doente por Tolkien, tenho acompanhado cada noticia e video de produção que consigo enfiar minhas patas. Até que finalmente foram liberadas as fotos daqueles que são os verdadeiros protagonistas da película: Os Anões!
Alguns estão muito perfeitos, identicos a quando eu os imaginei quando criança. Outros, bem... discutirei isso em segundos. Com vocês, minha opnião sobre o Visual dos protagonistas de O Hobbit!(*cri cri cri*)

Bilbo Bolseiro


Bom, sem surpresas por aqui. Se você viu os filmes anteriores, sabe exatamente o que esperar do visual de Bilbo. Por sorte pegaram um bom ator que realmente tem cara de hobbit(Martim Freeman), pois tinha cada um cotado que deus me livre... (James McVoy? Tobey Maguire? Daniel Radcliffe? DANIEL RADCLIFFE!?!?)

Gandalf, O Cinzento


Nada a dizer aqui. Ator perfeito em visual perfeito. Se você viu "A Sociedade do Anel", sabe muito bem o que esperar.

e enfim, os Anões!!!

Dori, Ori e Nori


Confesso que dei um pulo quando vi esta foto, a primeira liberada dos anões. Quem me conhece ja deve saber que reprovei o visual de Ori, que mais parece um Peter Parker em uma convenção medieval do que um anão em sí. E aquela barba de bode!? Pra mim, não faz sentido um anão deixar sua barba assim, por razões que pretendo discutir mais a frente. Sobre os outros dois, gostei bastante de Dori e Nori, especialmente o segundo. Gosto que não tem visuais tão obvios, mas mesmo assim não deixam de ser anões clássicos, o que é bastante bem vindo.

Oin e Gloin


Adorei esses dois, principalmente Glóin, que aqui ja deixa claro de quem é pai, ja que é impossivel olhar pra ele sem nos remeter a seu filho Gimli. São anões bem clássicos, e nem por isso infantilizados, como a maioria dos desenhos os retratam. Na verdade, gostei tanto desses dois, que preferia que os outros anões tivessem visuais mais semelhantes entre sí, como os que aparecem com Gimli na casa de Elrond.Os irmãos Oin e Gloin devem roubar a cena nas cenas de batalhas.

Fili e Kili


E então me veio isso...
...cara... porque? PORQUE pegar dois anões de destaque, e tranforma-los em pseudo-elfos!? Pra que o público feminino se interesse pelo filme!? "Ah, num tem cara bonito nesse filme, miguxas, vamo ver Crepusculo em casa que é melhor!"(ok, confesso que conheço garotas assim... malditas). Não consigo me acostumar a esses dois. Talvez vendo o filme eu mude de ideia... mas por enquanto ta entalado na garganta.

Bombur, Bofur e Bifur


Ok, aqui as coisas voltam ao normal. Gostei bastante de Bofur, tem um visual meio que de videogame, mas acho que isso é um ponto a favor. Já Bifur eu não sei se levo a sério ou dou rizadas. Sério, fica dificil dizer se o diretor quer que levemos o visual dele a sério ou na piada, com seu rosto quase desaparecendo nos pesados cabelos e barba. Já Bombur, por outro lado, com toda certeza é pra ser levado no lado cômico, assim como é no livro. É o mais caricato dos anões do filme, e parece até irmão caçula do Obelix! Mas é bom que ele saiba lutar!

Balin e Dwalin


Adorei esses dois, Principalmente Dwalim. Esse sim é um lendário guerreiro anão, talvez o mais tradicional entre todos estes aqui mostrados. Balin, por sua vez, tem um visual mais caricato, meio "Anão da Branca de Neve", por assim dizer. Talvez seja pra realçar que ele é o anão que mais se da com Bilbo, assim o teriam deixado mais "Hobbitzado". Mesmo assim, ótimo visual, e me arrisco a dizer que, de todos, Balin tem o visual mais "Tolkeniano" do grupo(cara, eu gosto de aspas, não? '-')

E finalmente, senhoras e senhores...

...Thorin, Escudo-de-Carvalho!


Um visual bastante sombrio, até vilanesco de certa forma, Thorin parece o tipo que defenderá a sua vida por qualquer coisa, mas se pisar na bola com ele, sua lâmina será a ultima coisa que você verá. Otimo ver tambem o visual da espada Orcrist, lâmina elfica usada por Thorin. Tudo bem que o imaginei mais velho quando li o livro, algo como Balin, mas assim está foda tambem. Mas, mais uma vez, vem o lance da barba. Como eu dizia, na cultura dos anões, a barba é representação de orgulho e reconhecimento. Muitos anões acreditavam que suas barbas eram a fonde de suas forças, e que se lavassem suas barbas seus poderes diminuiriam, portanto a grande maioria nunca as lavou. Com uma tradição tão importante em sua cultura, me surpreende ver Peter Jackson mostras anões sem barba (ori), com barba rala(Kili e Fili), ou com barba comun, como as de ser humano, como é o caso de Thorin.

Enfim, com altos e baixos, os anões dessa vez prometem ganhar o respeito que merecem, ao invez de serem rebaixados a alívio cômico como em tantas outras produções (o anão de Dungeons and Dragons vem a mente, mas pior do que ele no filme era o filme em sí, então melhor ficar calado. xD)


E que venha a batalha contra Smaug!

Da série "Memórias de um Boçal" - "Nunca coma salsinha enlatada crua..."

Depois de um bom tempo deixando este aborto em forma de blog as moscas, eis que cá estou mais uma vez, pra alegria de minha legião de fãs(ahan, vai nessa. Se tiver 1 fã ja é lucro! xD). O que sera aqui relatado, eu garanto, é um ocorrido 100% real(o que prova que, se existe um Deus, este gosta de ver eu me fudendo. Deve ser amigo da Thársila...)

A cerca de 4, 5 anos, fui passar minhas férias de verão com meu pai, em Belém(não a cidade de Jesús, a cópia pirata que fica no norte do Brasil. Malditos brasileiros, vivem pirateando tudo...). Logo que cheguei por lá, soube que iamos no dia seguinte para o interior. Sweet. Chegamos la por volta de 18h, jantamos, e todos foram dormir, menos eu, que fiquei na sala lendo "O Retrato de Doriam Gray"(Spoiler, ele morre no final). No meio da madruga bateu aquela fomezinha básica, vcs sabem, aquelas fomes de meio de madrugada que gente gorda adora ter?

Depois de uma boa revistada na geladeira, no apartamento alugado, vi que a unica coisa ali contida que poderia ser chamada de comida era uma pequena e tímida lata de salsinhas. Ao abrir a lata, vi que estavam banhadas em vinagre, e que tinham um cheiro bastante satisfatório. "Isso é de cosinhar?", perguntei encucado pra mim mesmo. Não si se foi porque elas pareciam ja prontas, ou se eu que não queria lavar louça(voto na segunda opção), mas comi elas como estavam mesmo, e fui dormir. E assim se iniciou o prelúdio de uma catástrofe...

Na manhã seguinte, acordei indisposto. Minha barriga me encomodava, não sabia o porque(geralmente custo a lembrar o que como logo antes de dormir). Ainda assim, aceitei o convite do meu pai, e fomos ao mercado comprar algumas carnes pro churrasco. No retorno, a advogada dele ligou, e ele encostou o carro e saiu, pra dar mais atenção pra ela(ou pra eu não ouvir, mais provável). E então, mais rápida do que Pottermaníaco em pré-estreia de "Relíquias da Morte", ela veio. Uma picada. Desculpem, uma APUNHALADA no estômago!

Chegou assim sem aviso, e eu me encontrei me contorcendo de dor no carro, em posição fetal, por uns 2 ou 3 minutos. Quando a dor diminuiu, e eu voltei a raciocinar, senti uma das piores sensações da minha vida. Merda. Tinha merda chegando. E queria sair. E eu estava beeeem longe de um banheiro. Olhei pro retrovisor, e meu pai lá, distraidão, olhando pro horizonte e falando com sua advogada(devia tar comendo ela tambem, pra ter tanto assunto...). Não quiz atrapalhar, então tive que me segurar como podia. De inicio foi a sensação normal de se segurar pra merda não sair. Mas com o passar dos minutos, foi virando uma tortura, um verdadero Jogos Mortais! Eu me rebatia, socava o teto, chutava a porta, parecia que o coisa-ruim tinha me possuido(e ainda não descarto essa idéia). Quando vi que o negocio começava a ficar alem da minha capacidade humana, abaixei o vidro e mandei um muito bem mandado: "PORRA PAAAAAAAAI!!! SEU VIADO, SAI DESSA MERDA E ME LEVA PRA CASAAAA!!! EU TO ME CAGAAAAAANDOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!"

Meu pai deu um pulo hilário(eu so não ri na hora por razões obvias, mas ate hoje quando lembro, começo a rir sosinho da cena), e correu pro carro, ligou o motor e acelerou. Faltava alguns kilometros até o predio em que estávamos, e eu tinha que me segurar como podia, socando, chutando e me contorcendo como se fosse Linda Blair. Nem acreditei que cheguei limpo até o predio. Ao sair do carro, meu pai disse pra eu ir sosinho, pois tinha que voltar ao celular e o caralho a quatro. Tentei correr, mas se corresse, a porta da Mariquinha com certeza ia abrir. Fui mancando mesmo. Entrei no elevador. Apertei o botão do quarto andar. VITÓRIA!

...Ou não... logo que o elevador sumiu... eu senti. Ia sair. Não importava o quanto mais eu segurasse... ia sair. Meu cú não é de ferro. Tinha chegado no limite. E ao chegar no segundo andar, o tempo parou. Sabe aquelas cenas nos filmes, em que o personagem tem que fazer uma decisão em segundos, e nessa hora o tempo meio que para? Olha, eu sempre achei que era mentira, mas juro que isso aconteceu comigo nessa hora. Nos ultimos segundos em que me encontrava limpo e cheiroso, comecei a por minhas cartaz na mesa. Quais as minhas opções? 1) Eu me cago, ando o corredor cagado, entro no Ap cagado, e vai escorrer merda pelas minhas pernas no chão todo, pros visinhos verem. Ou 2) eu enfio a mão dentro da cueca, cago na mão, seguro a merda, saio correndo ate em casa, e no banheiro, ae sim eu deixo escorrer o que tiver que escorrer. Ganhou a segunda opção. Logo que vi que a merda ia sair, pus a mão dentro da cueca e agarrei a criança. IT'S A BOY!

Felizmente não estava tão liquida quanto eu achei que estaria... =S
chegando no quarto andar, corri pro Ap, passei voado pela cosinha, chutei a porta do banheiro, e como se fosse uma granada, atirei a merda na minha mão em direção ao box. A explosão de merda que fez na parede é algo que ate hoje atormenta meus sonhos. E então parti pro meu merecido banho com sabão de côco e Veja...

THE ENDIU.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Da série "Trecos que eu curto" - "Rango"(2011)


Os faroestes dos anos 50 pra frente eram marcados por heróis muitas veses fora de seus habitats, de seus mundos. Eles tinham que se adaptar ao ambiente, para assim triunfar sobre seus inimigos. Pensando dessa maneira, não é menos do que gênial a decisão do diretor Gore Verbinski (de "Piratas do Caribe" e "O Chamado") de criar justamente um camaleão para ser o protagonista de "Rango", pois o animal é a parábola perfeita aquele tipo de herói a tanto esquecido. E para os que ainda não sabem, "Rango" é, sim, um Western. Além disso, é uma das maiores e mais belas homenagens a este gênero que eu ja ví.


Mas o que me fez amar este filme tanto assim? Tentarei explicar sem soar chato ou "auto-cult" demais(se não conseguir ambos, mil perdões!)

Sem entrar em spoilers, deixo aqui a rápida sinopse do filme: Rango é um camaleão criado em cativeiro, que um belo dia se ve livre de sua gaiola, no meio do deserto. Após andar muito, ele enfim encontra uma cidade que sofre de uma terrível falta de água. Ao fazer amizades com varios dos moradores do bizarro vilarejo, Rango se oferece para encontrar água para todos, mas vai ver que as razões da falta d'agua são bem mais corrúptas do que imaginava.


Tente esquecer os animais falantes, atenha-se apenas ao plot. Poderia sair de um western dos anos 60? Pode apostar. O visual do filme tambem faz questão de nos fazer voltar ao passado, ao mostrar desde o saloon sujo e lotado até os moradores da cidade, que aparecem suados, desdentadose maltrapilhos. Acho que não vejo personagens tão feios (e por isso mesmo, tão cativantes) em uma animação a um bom tempo. E é fantástico como varios desses personagens remetem a figuras clássicas de westerns, como a aranha agente-funerária, ou o impagável corvo indígena, e até mesmo o vilão Jake Cascavel. Este ultimo então possui escamas mais escuras nos lábios superiores, que remetem a um fino bigode, que se comparado ao seu escuro chapéu nos fáz imediatamente lembrar de Sentenza(vilão interpretado pelo saudoso Lee Van Cleef, em "Três Homens em Conflito").


E então temos Rango, interpretado por Johnny Depp. Isso mesmo, interpretado. Verbinski usou uma tecnica chamada "Emotion Capture"(Não confundir com "MOTION Capture"), em que os atores realmente atuam como os personagens, mas diferente da "Motion Capture", aqui os atores são usados apenas como referencia.


Logo que eu vi as fotos de Rango, vi a homenagem quase descarada a Huntar S. Thompson(jornalista que ja fora interpretado por Depp, em "Medo e Delírio", pra mim a melhor performance do cara). O Camaleão tem o andar, maneirismos e, principalmente, uma voz que lembram bastante as de Thompson. Mas ao ver o filme, me surpreendeu como, ao criar Rango, Verbinski conseguiu brilhantemente criar uma fusão entre Thompson e o Homem Sem Nome(Personagem de Clint Eastwood em "Por um Punhado de Dólares"). É como se a idéia de Thompson derrepente virar Eastwood fosse totalmente plausível. Rango é inseguro, mas pensa rápido, faz questão de não mostrar suas fraquesas, mesmo quando elas se mostram contra sua vontade. Mais uma vez citando Thompson, vale dizer que o próprio aparece em uma ponta logo no início ja projeção, dirigindo seu caddilac vermelho e "atropelando" Rango.


A direção de Verbinski tambem remete surpreendentemente ao passado, com os famosos closes fechados na cara dos personagens, ou na maneira que ele os filma em constraste com o por-do-sol. Quando opta por uma direção mais ágil, como na perseguição no Canion, ele remete tanto aos tiroteios a cavalo de westerns como as cenas aéreas de filmes de guerra(aqui, morcegos são usados como se fossem aviões de batalha). O diretor tambem mostra(o que não é novidade), que tem um excelente olho para a comédia, como na cena em que este tenta limpar o estrago que fez na cara de um personagem, ou quando imita o andar de John Wayne para demonstrar coragem.


Em meio a fantásticas cenas de corridas, ótimas gags e personagens fantásticos e nostalgicos, Verbinski chega ao ápice de, no terceiro ato, me pegar completamente desprevenido ao incluir na narrativa uma homenagem a alguem fundamental ao gênero western. Não vou revelar detalhes, mas fiquei tão pasmo com a cena que quando percebi, meus olhos estavam cheios d'agua. Sem dúvidas, uma das cenas mais bonitas e noltalgicas dos ultimos anos.


Enfim, "Rango" se tornou um dos meus filmes favoritos de todos os tempos(e, acreditem, o acho superior a qualquer obra da Pixar, tanto por conteúdo como por design). Lembrar dele hoje me motivou a escrever este post, que ninguem vai se importar em ler, mas que é válido por me ajudar a analizar uma obra, e a descobrir não se gosto dela, mas PORQUE gostei dela. Gore, Johnny e Rango, meu muitíssimo obrigado.