domingo, 14 de agosto de 2011

Da série "Memórias de um Boçal" - "Nunca coma salsinha enlatada crua..."

Depois de um bom tempo deixando este aborto em forma de blog as moscas, eis que cá estou mais uma vez, pra alegria de minha legião de fãs(ahan, vai nessa. Se tiver 1 fã ja é lucro! xD). O que sera aqui relatado, eu garanto, é um ocorrido 100% real(o que prova que, se existe um Deus, este gosta de ver eu me fudendo. Deve ser amigo da Thársila...)

A cerca de 4, 5 anos, fui passar minhas férias de verão com meu pai, em Belém(não a cidade de Jesús, a cópia pirata que fica no norte do Brasil. Malditos brasileiros, vivem pirateando tudo...). Logo que cheguei por lá, soube que iamos no dia seguinte para o interior. Sweet. Chegamos la por volta de 18h, jantamos, e todos foram dormir, menos eu, que fiquei na sala lendo "O Retrato de Doriam Gray"(Spoiler, ele morre no final). No meio da madruga bateu aquela fomezinha básica, vcs sabem, aquelas fomes de meio de madrugada que gente gorda adora ter?

Depois de uma boa revistada na geladeira, no apartamento alugado, vi que a unica coisa ali contida que poderia ser chamada de comida era uma pequena e tímida lata de salsinhas. Ao abrir a lata, vi que estavam banhadas em vinagre, e que tinham um cheiro bastante satisfatório. "Isso é de cosinhar?", perguntei encucado pra mim mesmo. Não si se foi porque elas pareciam ja prontas, ou se eu que não queria lavar louça(voto na segunda opção), mas comi elas como estavam mesmo, e fui dormir. E assim se iniciou o prelúdio de uma catástrofe...

Na manhã seguinte, acordei indisposto. Minha barriga me encomodava, não sabia o porque(geralmente custo a lembrar o que como logo antes de dormir). Ainda assim, aceitei o convite do meu pai, e fomos ao mercado comprar algumas carnes pro churrasco. No retorno, a advogada dele ligou, e ele encostou o carro e saiu, pra dar mais atenção pra ela(ou pra eu não ouvir, mais provável). E então, mais rápida do que Pottermaníaco em pré-estreia de "Relíquias da Morte", ela veio. Uma picada. Desculpem, uma APUNHALADA no estômago!

Chegou assim sem aviso, e eu me encontrei me contorcendo de dor no carro, em posição fetal, por uns 2 ou 3 minutos. Quando a dor diminuiu, e eu voltei a raciocinar, senti uma das piores sensações da minha vida. Merda. Tinha merda chegando. E queria sair. E eu estava beeeem longe de um banheiro. Olhei pro retrovisor, e meu pai lá, distraidão, olhando pro horizonte e falando com sua advogada(devia tar comendo ela tambem, pra ter tanto assunto...). Não quiz atrapalhar, então tive que me segurar como podia. De inicio foi a sensação normal de se segurar pra merda não sair. Mas com o passar dos minutos, foi virando uma tortura, um verdadero Jogos Mortais! Eu me rebatia, socava o teto, chutava a porta, parecia que o coisa-ruim tinha me possuido(e ainda não descarto essa idéia). Quando vi que o negocio começava a ficar alem da minha capacidade humana, abaixei o vidro e mandei um muito bem mandado: "PORRA PAAAAAAAAI!!! SEU VIADO, SAI DESSA MERDA E ME LEVA PRA CASAAAA!!! EU TO ME CAGAAAAAANDOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!"

Meu pai deu um pulo hilário(eu so não ri na hora por razões obvias, mas ate hoje quando lembro, começo a rir sosinho da cena), e correu pro carro, ligou o motor e acelerou. Faltava alguns kilometros até o predio em que estávamos, e eu tinha que me segurar como podia, socando, chutando e me contorcendo como se fosse Linda Blair. Nem acreditei que cheguei limpo até o predio. Ao sair do carro, meu pai disse pra eu ir sosinho, pois tinha que voltar ao celular e o caralho a quatro. Tentei correr, mas se corresse, a porta da Mariquinha com certeza ia abrir. Fui mancando mesmo. Entrei no elevador. Apertei o botão do quarto andar. VITÓRIA!

...Ou não... logo que o elevador sumiu... eu senti. Ia sair. Não importava o quanto mais eu segurasse... ia sair. Meu cú não é de ferro. Tinha chegado no limite. E ao chegar no segundo andar, o tempo parou. Sabe aquelas cenas nos filmes, em que o personagem tem que fazer uma decisão em segundos, e nessa hora o tempo meio que para? Olha, eu sempre achei que era mentira, mas juro que isso aconteceu comigo nessa hora. Nos ultimos segundos em que me encontrava limpo e cheiroso, comecei a por minhas cartaz na mesa. Quais as minhas opções? 1) Eu me cago, ando o corredor cagado, entro no Ap cagado, e vai escorrer merda pelas minhas pernas no chão todo, pros visinhos verem. Ou 2) eu enfio a mão dentro da cueca, cago na mão, seguro a merda, saio correndo ate em casa, e no banheiro, ae sim eu deixo escorrer o que tiver que escorrer. Ganhou a segunda opção. Logo que vi que a merda ia sair, pus a mão dentro da cueca e agarrei a criança. IT'S A BOY!

Felizmente não estava tão liquida quanto eu achei que estaria... =S
chegando no quarto andar, corri pro Ap, passei voado pela cosinha, chutei a porta do banheiro, e como se fosse uma granada, atirei a merda na minha mão em direção ao box. A explosão de merda que fez na parede é algo que ate hoje atormenta meus sonhos. E então parti pro meu merecido banho com sabão de côco e Veja...

THE ENDIU.

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